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M Oliveira e Carmo

Escolas no Reino Unido proíbem que os alunos comprem almoço através do reconhecimento facial

Atualizado: 19 de jan. de 2022

Privacidade no Reino Unido: Os dirigentes do Reino Unido intervieram antes que a estratégia ganhasse poder total.

Após a reação de alguns especialistas em privacidade, as escolas no Reino Unido interromperam o uso de reconhecimento facial nas cantinas. O método consiste no reconhecimento facial dos alunos nas cantinas, para que estes façam o pagamento do seu almoço.

No mês passado, a Autoridade de Controlo da protecção de dados do Reino Unido (Information Commissioner’s Office (ICO)), teve de intervir após a implementação deste tratamento de dados em nove escolas de North Ayrshire, na Escócia.

Esperava-se que mais escolas adoptassem este procedimento, uma vez que foi defendido como um método favorável ao combate ao COVID-19, por dispensar a utilização de dinheiro e de contactos pessoais.

Entretanto, a ICO pronunciou-se em sentido negativo, argumentando ainda que se a polícia é fortemente criticada por usar a mesma tecnologia nas ruas, introduzi-la nas escolas será ainda menos apropriado.

Silkie Carlo, diretora do Big Brother Watch, apontou o seguinte:

"É normalizar as verificações biométricas de identidade para atividades básicas. Não é necessário recorrer às tecnologias usadas nos controlos de aeroporto para que as crianças possam almoçar.”

Conforme relatado pela BBC, o conselho local interrompeu temporariamente o programa, enquanto uma das escolas acabou completamente com o esquema.

"Embora estejamos confiantes de que o novo sistema de reconhecimento facial está a ser operado conforme planeado, consideramos mais seguro recorrer ao sistema anterior de PIN (número de identificação pessoal) enquanto consideramos as consultas recebidas", indicou o North Ayrshire Council.

CRB Cunninghams, uma das empresas que foi mencionada como envolvida no lançamento da estratégia, descreve a tecnologia como "um método biométrico sem contacto que aumenta a rapidez do serviço, mantendo a segurança das impressões digitais”.

O Parlamento Europeu está atualmente a analisar regras para controlar o uso de reconhecimento facial e inteligência artificial nos setores público e privado.




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